quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

«Um bailarino...» - Hélia Correia

- já foi para as mãos de J. RpZ (mesmo não o tendo W. terminado...)
- excerto das primeiras 15 páginas, AQUI
- crítica de M. S. no Ípsilon
- entrevista ao «Sol», a D. Vaz Pinto, de final de Outubro

domingo, 2 de dezembro de 2018

«Um poeta não domesticável» - Joaquim Manuel Magalhaães

- título da entrevista dada a Joana Emídio Marques, pela publicação de «Para comigo», Hoje colocada no OBS  (para ASS.es)
- essa e outras entrevistas e artigos  - AQUI

Recorte:

sábado, 20 de outubro de 2018

Amadeo

Domingos Rebêlo, Amadeo de Sousa Cardoso,
Emmérico Nunes, Manuel Bentes e José
Pedro Cruz,  em Paris, 1908
 (Foto: Fundação Calouste Gulbenkian)


Artigo no OBS.

Frase final:
«[...] Um século depois da morte, o pintor de Manhufe ainda é um puzzle com peças por juntar.»

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Expressões

- da 1.º Ficha de E. de 1819:

[pedia-se uma visão da Humanidade por Narrador Insecto...]

- «Vejo espaço, a natureza de onde vim e, discreto como sou, percorro os lençóis de vento até a um destino indefinido. Pela minha jornada deparo-me com coisas, sombras maiores que o infinito, pois não sei a sua origem e, em termos de pensamento, só conheço o meu. Por alguma razão fornecem-me alimento e sou compelido a pousar na sua sombra, para então ter energia para continuar. Alguns notam a minha presença e sacodem-me para longe. Penso que é uma questão de sorte, mas não os censuro.»
I. I. F., do 3.º Bloco

domingo, 15 de julho de 2018

Ecologia, Joana Bértholo

- [péssimo verão; o Secx não deixa tempo nem energia para ler...]

- lançado a 21 de junho, adq. hoje, na Bert., do COL [...]
- entrevista de Ana D. Soares, na Antena 1, no «À volta dos livros», de 10 de Julho - cerca de 5'
- recensão, de Helena Vasconcelos, no «Ipsilon» de 17 - 08: 
- entrevista a «Filhos da Nação», 18 de Setembro, na RTP.PLay
- entrevista, por Cristina Margato, na «Palavra de Autor», do Expresso, a 26 de Setembro

quinta-feira, 31 de maio de 2018

O delfim

- a 30,  50 anos da publicação de um romance que levou 7, 8 a realizar...;
- dossiê de  Bruno Vieira Amaral, ... com várias «histórias», há muito esquecidas [...] [passou a ser «exclusivo para Assinantes»; pois é, há que ter «cabedal»...]

sexta-feira, 18 de maio de 2018

Luísa Dacosta, por M. Rb.

- foi M. Rb. (do 2.º Bloco)  que ficou com o exemplar que M. tirou da mesa das Trocas, em Outubro
- fez agora, na terça, 15, a  Ap. dos dois excertos que escolheu:

“Um olhar que lhe dava asas e a libertava. Quando o sentira pela ùltima vez? Não sabia.
Sabia só que os seus olhos tinham deixado de colher milagres. Atraídos apenas pelo lixo, que parecia crescer sobre tudo, como uma maldição daninha. A realidade era o que era, sem fulgores ocultos, sem símbolos, o impermanente, destinado a morrer. Não havia destinos. Esperança. Nada de oculto ou de secreto a conquistar. Tudo eram labirintos, armadilhas, que iam dar à morte, sem remédio.
Mais do que a perda do corpo ou da beleza que fora a sua, doía-lhe a perda daquele olhar.
(...)
“Canta-se o que se perde”, estava escrito no poema que relia. Mas não cantava.
Limitava-se a escrever, como as avós tinham bordado, para encher as horas dos dias, se
propor uma tarefa, uma finalidade que lhe apagasse a frustração do vazio. Uma escrita,
contida, do e no silêncio.”
____________________________________________________________

“Tinha perdido a sua juventude, [...] promessa de viagens, longas, até às fazendas,desconhecidas e imensas de Catumbela, em Angola. Tinha perdido o marido. Tinha até perdido os filhos que a doença lhe arrancara de casa. Por causa do contágio e até porque estavam mais perto do liceu e dos estudos, tinham ido para casa dos avós e padrinhos. Tudo eram perdas. Estava sozinha com a Estefânia e os caseiros naquela casa do cimo da Vila, cercada de muros, com um horizonte fechado pela muralha da serrra- ondulação de mar petrificado. Um mar de violetas. Tão triste ao fim da tarde, com uns lugarinhos, perdidos, esparsos, na névoa! Não precisava debater-se, interrogar-se. Tinha perdido tudo. Faltava-lhe perder a vida e já não tardaria. (...) Tinha deixado de bordar. Sobrava-lhe tempo para o vazio.”

in O Planeta Desconhecido e Romance da que Fui Antes de Mim , Luísa Dacosta, 2000

(«Perdas, Angústias e Medos em 1999 e 1916» - pp. 134, 135 e 138, 139)

quarta-feira, 25 de abril de 2018

SEDE, Tolentino de Mendonça

- está aí o livro de T. M....; M. ainda não o folheou...; 

- Entrevistas e, ou, dossiês:
- no «P2» do Público, a 15
- no Observador
- na Visão, de hoje, amanhã, - Excertos da conv. com A. L. Antunes +
artigo

segunda-feira, 9 de abril de 2018

Barbeiro (um português e um homem da Gronelândia entram num)

- lida ontem , pelas 9 e 30, num Café da P. P. C., esta Crónica, de Mário Lopes, no P2

RECORTE:
[...]
A conversa no barbeiro é feita pelo próprio e tem como interlocutor o dono da cabeça sobre o qual, naquele momento, ele estiver a praticar o seu ofício. Não é, porém, um diálogo fechado. Deve ser mantido em voz sonora o suficiente para que os clientes que aguardam ouçam e registem matéria informativa para, quando chegar a sua vez, possam dar o seu contributo ao rumo da conversa, pegando no ponto em que o anterior ocupante da cadeira a deixou ou cortando caminho em direcção a outra coisa qualquer do seu interesse. [...]

sexta-feira, 9 de março de 2018

Sobreiros (F. P. não gostava de) - Manuel Alegre


TAMBÉM SOU ALENTEJANO

A José Manuel Mendes
Fernando Pessoa não gostava de sobreiros.
Não sei se saberia do milhafre e do arrepio
circular do seu grito.
Mas percebia com certeza do interdito
da passagem
do rio.
Talvez soubesse do raiano
do mágico logaritmo de outra margem
e de um azul secreto dentro do azul.

Mas ele era só Baixa só urbano.
Sentia na cabeça e na palavra.

Eu gosto dos caminhos para o sul
onde passa o cigano e a rola brava.

E também sou alentejano.

Manuel Alegre, Alentejo & Ninguém, Caminho, 1996, p. 23

domingo, 4 de março de 2018

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

«Camões («a guinada de um verso de)» - Graça Moura

não sei se o camões hoje teria escrito as suas rhythmas,
começa porque não saberia ao certo quais eram e então não havia camonistas
para discutirem a questão. e depois talvez não valesse a pena
falar àquela gente. e os auditórios têm limites de paciência.

por exemplo, o dia em que eu nasci moura e pereça,
diz-me o aguiar e silva, não é dele quase de certeza.
e eu respondo: é tão bom que tem mesmo de ser dele.
e o vítor ri, exclamando: você já está como o faria e sousa.

a ironia desta conversa é que ela se passava
no instituto camões, calcule-se, somos ambos do conselho geral,
tratando da expansão da língua portuguesa
que se mais mundo houvera lá chegara

e estava uma tarde esplêndida de janeiro
e se o camões estivesse ali não havia de acreditar
que um de nós estivesse prestes a tirar-lhe um soneto
o mais doutamente e o outro lho quisesse devolver,

invocando-lhe o som, a fúria e o sentido,
nem que há séculos que as coisas se vão passando assim,
tirando e pondo, invocando lições e testemunhos,
e uns gajos de nome germânico, lachmann, storck,

e mais alguns. a moral desta história é que um verso de camões
com pouca variação é sempre um verso de camões,
é a coisa mais bela e mais difícil do mundo
e dá cá uma guinada tão especial que só pode ser dele.

Vasco Graça Moura, Antologia dos sessenta anos, Porto, ASA, 2002.

domingo, 21 de janeiro de 2018

«FaceTree» ou Fiama por F. B.

- imagens de uma das «Autopsicografias» de F. B., do 2.º Bloco, para o poema de Fiama:
(recortes)
[...] Debaixo do pinheiro bravo [...]
Em volta da ameixoeira temporã [...]
[...] As oliveiras não se movem [...]





- percurso que (re)interpreta as 3 árvores do  poema em 6 + 1 «imagens com Cubo e folhas» = «Uma que, de facto, (me) apaziguasse o espírito» [...]